Romaria conclui a festa da Divina Misericórdia, em Barro

Romaria conclui a festa da Divina Misericórdia, em Barro

Transbordados de alegria pascal, ao redor da mesa da Eucaristia, uma multidão fiéis se reuniu, junto ao bispo diocesano, dom Gilberto Pastana, para celebrar e cantar as Misericórdias do Senhor no Santuário Diocesano da Divina Misericórdia, localizado na cidade de Barro (CE). A missa solene, que aconteceu na tarde deste domingo, dia 28 de abril, foi concelebrada pelo reitor, padre José Cláudio da Silva.

“O Senhor se agrada dos que o temem e dos que esperam na sua Misericórdia”, traz o salmo 147. Envoltos desse tema, os paroquianos e paroquianos de Santo Antônio, junto aos romeiros que passaram pela ‘terra da misericórdia’ meditaram, intensamente, durante três dias os mistérios da misericórdia do Pai.

Na ocasião, estampas de Jesus misericordioso foram distribuídas aos presentes e abençoadas. Elas deverão ser colocadas nas residências das famílias, morada também dessa misericórdia.

Ao final da missa, a multidão saiu às ruas junto ao carro-andor da Misericórdia. Pela primeira vez, a imagem de Jesus Misericordioso fez parte da procissão. A mesma foi entronizada no último dia 7 de abril, data de aniversário da ereção canônica do Santuário.

O perdão é a expressão da Misericórdia

Celebrando este 2º domingo da páscoa, o Domingo da Misericórdia, a liturgia trouxe o convite ao acolhimento do dom da paz e da reconciliação. “O primeiro anuncio de Jesus não é de condenação, mas a sua misericórdia. Jesus oferece e apresenta aquilo que o mundo não pode dar que é a paz verdadeira. A paz do mundo é uma paz falsa, a paz mentirosa. Só existe uma paz verdadeira, que traz alegria interior, que traz motivação para as nossas vidas: a paz que Jesus Misericordioso nos traz, ‘a paz esteja convosco’, diz Ele”, comentou o bispo diocesano durante a homilia.

A abertura ao perdão também foi um dos pontos destacados pelo bispo que explicou como receber as graças derramadas por Cristo. “Só podemos ver o Senhor se os raios desta estampa, onde Jesus apresenta a sua mão, chegarem também ao nosso coração. Só podemos ver o Senhor se o nosso coração também fora atingido pelo coração de Jesus”, disse.

E continuou a reflexão dizendo que é necessário o arrependimento verdadeiro para se experimentar a Misericórdia. “Trocar a escuridão pela luz, as portas fechadas pelas portas abertas. Nós só podemos experimentar isso se nos arrependermos. O arrependimento faz com que eu não repita mais aquele erro. O grande problema não é a falta de misericórdia. Deus continua lançando esses raios de misericórdia nas nossas vidas. O grande problema de hoje é o não reconhecimento do pecado”, falou o bispo.

“Meus irmãos e irmãs, a certeza que nós vivemos a misericórdia do Pai, a misericórdia de Jesus é viver a paz. Celebrar a festa da misericórdia é celebrar o contagiante e envolvente raio da misericórdia de Deus no nosso coração. É sentir, bem forte, em nossas vidas a saudação de Jesus, que ‘a paz esteja convosco’. Todas as vezes que sentirmos a necessidade dessa paz, recordemos o coração misericordioso de Jesus, essa graça santificante da nossa fé”, concluiu dom Gilberto.

Eternamente eu cantarei

As ruas da cidade do Barro foram se enchendo no despontar da noite. Com velas e hinos, os devotos da misericórdia saíram em procissão acompanhando o carro-andor. “As misericórdias do Senhor, eternamente eu cantarei”, entoavam forte em uma só voz. Nas casas, pequenos altares foram preparados, velas colocadas de forma singela em suas janelas.  Entre os cantos de louvor, a oração tomava conta do ambiente com a recitação do terço da misericórdia.

Como sinal do Cristo misericordioso que acolhe, o bispo diocesano foi ao encontro daqueles que se despunham na frente das casas para acompanhar a procissão que vinha a caminho. Num gesto de fraternidade, estendeu seu abraço a todos.

 

Comentários:

Apoiadores

Paróquia São Francisco